Influência da folga financeira no desempenho econômico de empresas industriais brasileiras e mexicanas

Autores

  • Edgar Pamplona Doutorando, Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, Brasil.
  • Tarc´´isio Pedro da Silva Professor, Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-2370-791X
  • Wilson Toshiro-Nakamura Professor, Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-4697-5685

DOI:

https://doi.org/10.18046/j.estger.2019.153.3366

Palavras-chave:

folga financeira, desempenho econômico, empresas industriais

Resumo

Este estudo objetiva verificar a influência da folga financeira no desempenho econômico de empresas industriais brasileiras e mexicanas. Realizou-se pesquisa descritiva, documental e quantitativa, com amostra de 152 empresas, sendo 107 brasileiras e 45 mexicanas, investigadas entre 1996 e 2014. Os resultados encontrados através de regressões lineares direcionam que a folga proporciona melhora (relação positiva) na performance corporativa. Todavia, as regressões quadráticas apontam, em ambos os contextos estudados, com poder explicativo superior, que a relação entre folga e desempenho é não linear. Tal fato confirma que há um ponto ótimo de folga financeira que maximiza os resultados corporativos, sendo diferente para empresas brasileiras e mexicanas. Tais achados devem ser observados por gestores visando a melhor gestão dos recursos disponíveis nas organizações.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Altaf, N., & Shah, F. (2017). Slack Heterogeneity and Firm Performance: Investigating the Relationship in Indian Context. Research in International Business and Finance, 42(1), 390-403. https://doi.org/10.1016/j.ribaf.2017.07.059

Argilés-Bosch, J. M., Garcia-Blandón, J., Ravenda, D., & Martínez-Blasco, M. (2018). An Empirical Analysis of the Curvilinear Relationship Between Slack and Performance. Journal of Management Control, 29(3-4), 361- 397. https://doi.org/10.1007/s00187-018-0270-4

Banco Central do Brasil - BACEN. Histórico das Taxas de Juros. Acessado em 07 de março de 2016, em: Acessado em 07 de março de 2016, em: http://www.bcb.gov.br/?COPOMJUROS

Banco do México - BANXICO. Tasas de Intereses Representativas. Acessado em 07 de março de 2016, em: Acessado em 07 de março de 2016, em: http://www.banxico.org.mx/SieInter-net/consultarDirectorioInternetAction.do?accion=consultarCuadroA-nalitico&idCuadro=CA51&sectorDescripcion=Precios&locale=es

Banco Mundial - World Bank. World Development Indicators. Acessado em 06 março de 2016, em: Acessado em 06 março de 2016, em: http://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.PCAP.CD/countries

Bittencourt, G. M., & Campos, A. C. (2014). Efeitos da Instabilidade da Taxa de Câmbio no Comércio Setorial entre Brasil e seus Principais Parceiros Comerciais. Economia Aplicada, 18(4), 657-678. http://dx.doi.org/10.1590/1413-8050/ea503

Bradley, S. W., Shepherd, D. A., & Wiklund, J. (2011). The Importance of Slack for new Organizations Facing "Tough" Environments. Journal of Management Studies, 48(5), 1071-1097. https://doi.org/10.1111/j.1467-6486.2009.00906.x

Brito, G. A. S.; Corrar, L. J., & Batistella, F. D. (2007). Fatores determinantes da estrutura de capital das maiores empresas que atuam no Brasil. Revista Contabilidade e Finanças, 18(43), 9-19. https://doi.org/10.1590/S1519-70772007000100002

Campos, A. L. S., & Nakamura, W. T. (2013). Folga Financeira Avaliada como Endividamento Relativo e Estrutura de Capital. Revista de Finanças Aplicadas, 1(1), 1-19.

Campos, A. L. S., & Nakamura, W. T. (2015). Rebalanceamento da Estrutura de Capital: Endividamento Setorial e Folga Financeira. Revista de Administração Contemporânea, 19(1), 20-37. http://dx.doi.org/10.1590/1982-7849rac20151789

Christensen, H. K., & Montgomery, C. A. (1981). Corporate economic performance: Diversification strategy versus market structure. Strategic Management Journal, 2(4), 327-343. https://doi.org/10.1002/smj.4250020402

Cyert, R., & March J. (1963). A behavioral theory of the firm. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall.

Daniel, F., Lohrke, F. T., Fornaciari, C. J., & Turner Jr., R. A. (2004). Slack resources and firm performance: a meta-analysis. Journal of Business Research, 57(6), 565-574. https://doi.org/10.1016/S0148-2963(02)00439-3

Deb, P., David, P., & O´Brien, J. (2017). When is Cash Good or Bad for Firm Performance? Strategic Management Journal, 38(1), 436-454. https://doi.org/10.1002/smj.2486

Firer, S., & Williams, S. M. (2003). Intellectual capital and tradicional measures of corporate performance. Journal of Intellectual Capital, 4(3), 348-360. https://doi.org/10.1108/14691930310487806

Garcia, M. G. P.; & Didier, T. Taxa de Juros, Risco Cambial e Risco Brasil. Pesquisa de Planejamento Econômico, 33(2), 253-297.

Geiger, S. W., Marlin, D., & Segrest, S. L. (2019). Slack and Performance in the Hospital Industry: a Configurational Approach. Management Decision, 57, 1-20. https://doi.org/10.1108/MD-07-2017-0703

George, G. (2005). Slack Resources and the Performance of Privately Held Firms. Academy of Management Journal, 48(4), 661-676. https://doi.org/10.5465/amj.2005.17843944

Gruener, A., & Raastad, I. (2018). Financial Slack and Firm Performance During Economic Downturn. GSL Journal of Business Management and Administrative Affairs, 1(1), 1-7.

Guo, J., Zhou, B., Zhang, H., Hu, C., & Song, M. (2018). Does Strategic Planning Help Firms Translate Slack Resources into Better Performance? Journal of Management & Organizations, 1-13. https://doi.org/10.1017/jmo.2017.84

Jensen, M. C., & Meckling, W. H. (1976). Theory of the Firm: Managerial Behavior, Agency Costs and Ownership Structure. Journal of Financial Economics, 3(4), 305-360. https://doi.org/10.1016/0304-405X(76)90026-X

Laffranchini, G., & Braun, M. (2014). Slack in Family Firms: Evidence from Italy. Journal of Family Business Management, 4(2), 171-193. https://doi.org/10.1108/JFBM-04-2013-0011

Lecuona, J. R., & Reitzig, M. (2014). Knowledge Worth Having in ‘Excess’: The Value of Tacit and Firm-Specific Human Resource Slack. Strategic Management Journal, 35(7), 954-973. https://doi.org/10.1002/smj.2143

Lee, C-L., & Wu, H-C. (2015). How do Slack Resources Affect the Relationship Between R&D Expenditures and Firm Performance. R&D Management, 46(S3), 958-978. https://doi.org/10.1111/radm.12141

Lee, S. (2011). How Financial Slack Affects Firm Performance: Evidence from US Industrial Firms. Journal of Economic Research, 16(1), 1-27.

Miner, J. B. (2006). Organizational Behavior 2: Essential Theories of Process and Structure. M. E. Sharpe, Armonk: New York.

Online Forex Trading & Forex Broker - OANDA Corporation. Histórico Taxas de Câmbio. Acessado em 25 de março de 2016, em: Acessado em 25 de março de 2016, em: https://www.oanda.com/lang/pt/currency/historical-rates/

Paeleman, I., & Vanacker, T. (2015). Less is More, or Note? On the Interplay Between Bundles of Slack Resources, Firm Performance and Firm Survival. Journal of Management Studies, 52(6), 819-848. https://doi.org/10.1111/joms.12135

Pereira, T. R., & Carvalho, A. (2000). Desvalorização Cambial e seu Impacto sobre os Custos e Preços Industriais no Brasil - Uma Análise dos Efeitos de Encadeamento nos Setores Produtivos. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, Brasília.

Rafailov, D. (2017). Financial Slack and Performance of Bulgarian Firms. Journal of Finance and Bank Management, 5(2), 1-13. https://doi.org/10.15640/jfbm.v5n2a1

Silva, T. P. da, Rohenkohl, L. B., & Bizatto, L. S. (2018). Relação entre Folga Financeira e Desempenho Econômico em Empresas Cinquentenárias e não Cinquentenárias. Cuadernos de Contabilidad, 19(47), 130-148. http://dx.doi.org/10.11144/javeriana.cc19-47.ffde

Stan, C. V., Peng, M. W., & Bruton, G. D. (2014). Slack and the Performance of State-Owned Enterprises. Asia Pacific Journal of Managment, 31(2), 473- 495. https://doi.org/10.1007/s10490-013-9347-7

Tan, J. (2003). Curvilinear relationship between organizational slack and firm performance: evidence from Chinese state enterprises. European Management Journal, 21(6), 740-749. https://doi.org/10.1016/j.emj.2003.09.010

Tan, J., & Peng, M. W. (2003). Organizational slack and firm performance during economic transitions: two studies from an emerging economy. Strategic Management Journal, 24(13), 1249-1263. https://doi.org/10.1002/smj.351

Zhong, H. (2011). The relationship between slack resources and performance: an empirical study from China. I. J. Modern Education and Computer Science, 1(1), 1-8.

Publicado

2019-11-15

Edição

Seção

Artigos de pesquisa

Como Citar

Influência da folga financeira no desempenho econômico de empresas industriais brasileiras e mexicanas. (2019). Estudios Gerenciales, 35(153), 399-415. https://doi.org/10.18046/j.estger.2019.153.3366