Restrição financeira e a sensibilidade do fluxo de caixa das empresas brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.18046/j.estger.2018.149.2735Palavras-chave:
Assimetria de Informação, Economias Emergentes, Endividamento, Investimento, Localização GeográficaResumo
Este estudo analisa o impacto da restrição financeira na sensibilidade do caixa das empresas brasileiras, a partir de um modelo empírico que extrapola a literatura com a moderação do nível de governança e a proximidade geográfica das empresas ao principal centro financeiro do país. Este tema é relevante em mercados emergentes em razão da fraca eficiência do mercado, da desigualdade econômica e do acesso ao mercado financeiro. A partir da análise de regressão com dados em painel em uma amostra com 319 empresas (2009-2016) verificou-se o impacto positivo e significativo da restrição financeira na sensibilidade do fluxo de caixa, com especificidades para o mercado brasileiro. Propõem-se contribuições teóricas e práticas, especialmente, para a necessidade de interiorização da bolsa de valores brasileira.
Downloads
Referências
Aldrighi, D. M., & Bisinha, R. (2010). Restrição Financeira em Empresas com Ações Negociada na Bovespa. Revista Brasileira de Economia, 64(1), 25-47.
Almeida, H., & Campello, M. (2007). Financial Constraints, Asset Tangibility, and Corporate Investment. The Review of Financial Studies, 20(5), 1429-1460.
Almeida, H., Campello, M., & Weisbach, M. S. (2004). The Cash Flow Sensitivity of Cash. The Journal of Finance, 59(4), 1777-1804.
Al-Najjar, B., & Clark, E. A. (2017). Corporate governance and cash holdings in MENA: Evidence from internal and external governance practices. Research in International Business and Finance, 39, 1-12.
Amess, K., Banerji, S., & Lampousis, A. (2015). Corporate cash holdings: Causes and consequences. International Review of Financial Analysis, 42, 421-433.
Baños-Caballero, S., García-Teruel, P. J., & Martínez-Solano, P. (2014). Working capital management, corporate performance, and financial constraints. Journal of Business Research, 67, 332-338.
Barros, C., Silva, P., & Voese, S. (2015). Relação entre o Custo da Dívida de Financiamentos e Governança Corporativa no Brasil. Contabilidade, Gestão e Governança, 18(2), 7-26.
Bates, T. W., Kahle, K. M., & Stulz, R. M. (2009). Why do U.S. firms hold so much more cash than they used to? The Journal of Finance, 64(5), 1985-2021.
Bernile, G., Kumar, A., & Sulaeman, J. (2015). Home away from home: geography of information and local investors. Review of Financial Studies, 28(7), 2009-2049.
Boubaker, S., Derouiche, I., & Lasfer, M. (2015). Geographic location, excess control rights, and cash holdings. International Review of Finan cial Analysis, 42, 24-37.
Chang, X., Dasgupta, S., Wong, G., & Yao, J. (2014). Cash-Flow sensitivities and the allocation of internal cash flow. The Review of Financial Studies, 27(12), 3628-3657.
Cleary, S. (1999). The relationship between firm investment and financial status. The Journal of Finance, 54(2), 673-692.
Cleary, S., Povel, P., & Raith, M. (2007). The U-shaped investment curve: theory and evidence. Journal of Financial and Quantitative Analysis, 42(1), 1-39.
Crocco, M. A., & Menezes, M. S. (23-27 de Maio de 2005). Avaliação das condições de financiamento do desenvolvimento regional. Anais do XI Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional - ANPUR. Salvador, Bahia, Brasil.
Damasceno, D. L., Artes, R., & Minardi, A. M. A. F. (2008). Determinação de rating de crédito de empresas brasileiras com a utilização de ín dices contábeis. Revista de Administração, 43(4), 344-355.
Denis, D. J., & Sibilkov, V. (2010). Financial constraints, investment, and the value of cash holdings. Review of Financial Studies, 23(1), 247-269.
Derouiche, I., Jaafar, K., & Zemzem, A. (2016). Firm geographic location and voluntary disclosure. Journal of Multinational Financial Management, 37-38, 29-47.
Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano - EMPLASA. (2017). Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano. Acesso em 10 de Dezembro de 2017, disponível em: Acesso em 10 de Dezembro de 2017, disponível em: https://www.emplasa.sp.gov.br/PlanejamentoRegional
Faulkender, M., & Wang, R. (2006). Corporate Financial Policy and the Value of Cash. Journal of Finance, 61(4), 1957-1990.
Fazzari, S. M., Hubbard, R. G., & Petersen, B. C. (1988). Financing Constraints and Corporate Investment. Brookings Papers on Economic Ac tivity, 1, 141-206.
Ferreira, M., & Vilela, A. (2004). Why do firms hold cash? Evidence from EMU countries. European Financial Management, 10(2), 295-319.
Francis, B., Hasan, I., Song, L., & Waisman, M. (2013). Corporate governance and investment-cash flow sensitivity: evidence from emerging markets. Emerging Markets Review, 15, 57-71.
Fu, X., & Tang, T. (2016). Corporate debt maturity and acquisition decisions. Financial Management, 45(3), 737-768.
Guariglia, A. (2008). Internal financial constraints, external financial constraints,and investment choice: evidence from a panel of UK firms. Journal of Banking & Finance, 32(9), 1795-1809.
Gujarati, D. N., & Porter, D. C. (2011). Econometria Básica. Porto Alegre: AMGH.
Hadlock, C. J., & Pierce, J. R. (2010). New Evidence on Measuring Financial Constraints: Moving Beyond the KZ Index. The Review of Financial Studies, 23(5), 1909-1940.
Hair Jr., J. F., Anderson, R. E., Tatham, R. L., Black, W. C. (2005). Análise multivariada de dados (5. Ed). Porto Alegre: Bookman.
Hamburguer, R. R. (25-26 de Março de 2003). Restrições financeiras e os investimentos corporativos no Brasil. Anais do VI Seminários em Administração FEA/USP - SEMEAD. São Paulo, Brasil.
Harford, J. (1999). Corporate cash reserves and acquisitions. Journal of Finance, 54(6), 1969-1997.
Herrera, H. V. (2015). Complementariedad de las inversiones a largo plazo y de capital de trabajo ante oportunidades de negocios y consideraciones de liquidez en países latinoamericanos. Estudios Gerencia les, 31(137), 364-372.
Jensen, M. C. (1986). Agency costs of free cash flow, corporate finance, and takeovers. American Economic Review, 76(2), 323-329.
Kadapakkam, P.R., Kumar, P., & Riddick, L. (1998). The impact of cash flows and firm size on investment: the international evidence. Jour nal of Banking & Finance, 22(3), 293-320.
Kaplan, S. N., & Zingales, L. (1997). Do investment-cash flow sensitivities provide useful measures of financing constraints? The Quarterly Journal of Economics, 112(1), 169-215.
Kirch, G., & Procianoyy, J. L., & Terra, P. R. S. (2014) Restrições Financeiras e a Decisão de Investimento das Firmas Brasileiras. Revista Brasileira de Educação, 68(1), 103-123.
López-Gracia, J., & Sogorb-Mira, F. (2015). Financial constraints and cash-cash flow sensitivity. Applied Economics, 47(10), 1037-1049.
Maheshwari, Y., & Rao, K. T. (2017). Determinants of Corporate Cash Holdings. Global Business Review, 18(2), 416-427.
Majumdar, R. (2014). The determinants of indebtedness of unlisted manufacturing firms in India: A panel data analysis. Management Re search Review, 37(9), 833-854.
Mulier, K., Schoors, K., & Merlevede, B. (2016). Investment-cash flow sensitivity and financial constraints: evidence from unquoted euro pean SMEs. Journal of Banking and Finance, 73, 182-197.
Pereira, L., & Martins, O. (2015). Rating de crédito, governança corporativa e desempenho das empresas listadas na BM&FBOVESPA. Revista de Gestão, 22(2), 205-221.
Portal, M. T., Zani, J., & Silva, C. E. (2012). Fricções financeiras e a substituição entre fundos internos e externos em companhias brasileiras de capital aberto. Revista de Contabilidade e Finanças, 23(58), 19-32.
Rajan, R., & Ramcharan, R. (2016). Local financial capacity and asset values: evidence from bank failures. Journal of Financial Economics, 120(2), 229-251.
Rodrigues, S. V., Casagrande, E. E., & Santos, D. F. (2018). A interdepen dência das decisões empresariais de investimento e endividamentos na América Latina. Enfoque: Reflexão Contábil, 37(1), 1-20.
Santos, D., Figueira, S., Martins, R., & Sanches, A. (2014). Fatores determinantes da estrutura de capital das empresas de materiais básicos do Brasil. Enfoque: Reflexão Contábil, 33(2), 87-103.
Sanz, F. P. (2010). Modelo de Servicios microfinancieros propuesto para resolver el problema de la falta de acceso a los servicios financieros en los países en desarrollo. Estudios Gerenciales, 26(116), 37-61.
Sheu, H.-J., & Lee, S.-Y. (2012). Excess cash holdings and investment: the moderating roles of financial constraints and managerial en trenchment. Accounting and Finance, 52, 287-310.
Silva, A. d., & Valle, M. R. (2008). Análise da estrutura de endividamento: um estudo comparativo entre empresas Brasileiras e Americanas. Revista de Administração Contemporânea, 12(1), 201-229.
Sun, J., & Yamori, N. (2009). Regional Disparities and Investment-cash flow Sensitivity: Evidence from Chinese Listed Firms. Pacific Economic Review, 14(5), 657-667.
Turrent, G. d., & García, M. L. (2015). La composición del consejo de administración y la estructura accionaria como factores explicativos de la transparencia en el gobierno corporativo en Latinoamérica: evidencia en empresas cotizadas de Argentina, Brasil, Chile y México. Estudios Gerenciales, 31(136), 275-286.
Yuan, Q., Zhao, Y., Shang, H., Zhang, W., & Umar, Z. (2016). Financing constraints on the size distribution of industrial firms: the Chinese experience. Applied Economics, 48(41), 3899-3911.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os autores dos artigos serão responsáveis dos mesmos e, assim, não comprometam os princípios ou políticas da Universidade Icesi nem do Conselho Editorial da revista Estudios Gerenciales. Os autores autorizam e aceitam a transferência de todos os direitos para a revista Estudios Gerenciales para a publicão impressa ou eletrônica. Após a publicação do artigo, pode ser reproduzido sem a permissão do autor ou da revista, se mencionar o(s) autor(es), o ano, o título, o volume e o número e o intervalo de páginas da publicação, e Estudios Gerenciales como fonte (se abster de utilizar Revista Estudios Gerenciales).